terça-feira, junho 24, 2014

Para ser feliz é preciso acreditar na felicidade, e querer!

       
 
Sorrir com o coração
São José do Rio Preto, 24 de Junho, 2014 - 1:44
Para ser feliz, é preciso acreditar na felicidade, e querer

Francine Moreno

Hamilton Pavam
Atriz Aline Alencar com os filhos João, Davi e Luhara: felicidade encontrada na vida no campo
O que faz você realmente feliz? É a conquista de uma casa confortável ou um carro novo? É saborear sua comida preferida, feita pela sua avó ou sua mãe? É dormir numa cama confortável, com lençol limpinho? É se reunir
sem
motivo com amigos no fundo de casa para fazer um churrasco? É viajar para aquela cidade dos sonhos ou ver o mar? É receber o abraço do filho? É receber promoção no emprego ou aumento no salário?

Ser feliz é algo subjetivo e cada um vai responder de uma forma diferente. O que é ser feliz para um, não representa ser para o outro. Pense no que te faz feliz e saiba que é importante aproveitar o que a vida disponibiliza de forma gratuita, assim como olhar as adversidades de modo diferente e desfrutar os momentos com alegria.

Aos 33 anos, a atriz e fundadora da Cia. Forrobodó, companhia teatral de Rio Preto, Aline Alencar, mudou-se, há cerca de oito meses, para uma chácara com os filhos Luhara, 13 anos, João, 8 anos, e Davi, 3 anos. Ela, que sempre morou na cidade, escolheu o lugar para ter contato com a natureza. Diariamente, ela acorda, molha as plantas, colhe as frutas e as verduras, tem contato direto com os animais. Consome o que planta e distribui o que colhe com os amigos e alguns projetos sociais.

No seu quintal, há árvores de banana, mamão, jaca, abacate, mexerica e acerola, além de horta. No espaço, ela também lançou um projeto chamado “Canteiro de histórias”, onde recebe crianças e as ensina a plantar, a ter contato com a terra, e ainda conta histórias. Segundo Aline, cuidar da roça virou uma paixão. Seu filho Davi também adora. “Meus amigos brincam que ele parece aquele menino criado no mato. Mas é algo da natureza dele.

Já Luara, que gosta de ler, encontra tranquilidade para isso. Enquanto João tem liberdade para brincar e se sujar livremente. Para mim, ser feliz é isso”, diz. No local, ela também confecciona os figurinos, os cenários e os bonecos do seu grupo de teatro, e ainda reúne amigos e parceiros profissionais para almoços e ensaios. Aline encontrou a felicidade desta maneira. Mas se você é um “workaholic” urbano, por exemplo, deve descobrir a sua e mergulhar nela, sem medo.

A felicidade não deve ser uma meta a ser alcançada ao final de uma trajetória, como um prêmio, mas, sim, uma sensação diária, ainda que em pequenos momentos ou gestos. “Cabe a cada um proporcionar a si mesmo momentos diários de prazer e alegria”, defende Heloísa Capelas, especialista do método Hoffman e autora do recém-lançado livro “O Mapa da Felicidade”. Heloísa revela que, independentemente de classe social, gênero, profissão ou idade, as pessoas querem a felicidade, mas não sabem como alcançá-la.

“Principalmente porque, durante a maior parte do tempo, tentam ser felizes de fora para dentro, ou seja, buscam o prazer em suas relações ou em conquistas materiais, sem tê-lo descoberto ou encontrado do lado de dentro.” Apesar de ser algo batido e muito abordado, o autoconhecimento é ainda uma ferramenta decisiva para alcançar a felicidade, que varia de pessoa para pessoa. A especialista alerta que é preciso não condicionar a própria felicidade a fatores externos, ou seja, depender de alguma coisa ou de alguém.

Segundo ela, a partir dessa consciência temos a oportunidade de modificar os padrões negativos de comportamento que têm nos impedido de ser feliz. “Em outras palavras, se você sabe como e quem você é, e de que forma chegou até aqui, tem a chance de identificar quais são os aspectos que realmente lhe importam e quais trazem aborrecimento, dor ou tristeza”, ensina. Nesta página, a convite do Diário, especialistas dão pistas de como encontrar a felicidade em diferentes esferas da vida.


Para ser feliz em família

Demonstre afeto e não perca oportunidades. Pequenas demonstrações valem muito. Seja um bilhetinho no bolso ou na lancheira, uma flor, um bombom, um carinho no cabelo, um beijo inesperado ou um abraço apertado. Faça uma refeição por dia, todos juntos, sem eletrônicos na mesa. Este momento junto evita tantos problemas futuros, já que você consegue olhar nos olhos uns dos outros e ver como vai cada um. Identifica como andam os gostos alimentares, as modas, as dores e muitas outras coisas.

Nutra bons sentimentos, por você e pelos outros. Não existe gente perfeita, somos todos humanos. Observe as coisas boas e fale sobre elas. Por exemplo: como seu filho é criativo, como sua filha é comunicativa, como seu marido é pontual, como sua esposa é caprichosa, como você é esforçado.

:: Márcia Regina Orsi é especialista em Terapia Familiar


Para ser feliz em sociedade

Conheça a si mesmo, com suas potencialidades e fraquezas. Isso gera um equilíbrio emocional que facilita muito a conquista de um estado de ânimo mais saudável e com um propósito de vida mais definido, Tenha objetivos claros e encontre um significado para esta existência, e para que possa enfrentar esta jornada de forma mais otimista e equilibrada, sem que seja muito afetado pela angústia de suas limitações e pela certeza de que somos inevitavelmente mortais.

Identifique os hábitos negativos e crenças limitantes. Assim temos a chance de promover mudanças positivas em nossa maneira de viver o que certamente nos aproximará muito do alcance de desfrutar de momentos e períodos de maior completude e felicidade.

:: Ada Assis e Silva é coach executiva


Para ser feliz no relacionamento

Não leve as coisas pelo lado pessoal. Quando, por exemplo, ele pergunta onde está a camisa azul dele, ele só quer saber onde está e não está te acusando de nada. Fantasiar de modo negativo o que poderia ser uma simples resposta evita desgastes. Sejam amigos e, principalmente, se tratem como amigos. Tanto no modo de se falarem, nos cuidados, na preocupação com o outro no dia a dia, no bom dia ao acordar e no como foi seu dia ao voltar.

A rotina árdua, estressante e monótona do cotidiano fica mais fácil quando compartilhada, fica mais segura, faz com que a vida a dois valha a pena. Tenha um objetivo, tenha admiração e respeite pensamentos do outro, assim como as dores, as decisões, os sorrisos, os medos e as alegrias nas coisas comuns.

:: Cristiane F. A. Lorga é psicóloga especialista em família


Desejos e talentos

É mais difícil desconstruir aprendizados do que construí-los. Não considere absolutas algumas verdades aprendidas desde a infância. Somos influenciados desde o nascimento. Herdamos estereótipos e pré-conceitos de nossas famílias, assim como passamos a perseguir uma imagem de perfeição que agrade, desde o papai e a mamãe até a sociedade. A menina deve brincar de bonecas, usar vestidos e ser recatada. O menino deve brincar de caminhãozinho, torcer pelo time do pai e ser médico.

Sem energia para cumprir tantas exigências, as pessoas estão recorrendo a ansiolíticos e antidepressivos para dar conta do recado. A impressão, para quem começa a arruinar a autoestima nesse processo, é a de que todas as outras pessoas estão conseguindo, menos ela. Não é possível obter realização pessoal com regras impessoais. Há um nítido esgotamento da sociedade em tentar encontrar caminhos formatados para a felicidade.

Estamos aprendendo e disseminando regras que não funcionam e, diante da sensação de vazio, nos sentimos frustrados e culpados. Através da leitura, técnicas de relaxamento e terapia, é possível desconstruir conceitos até então intocados e recriar uma condição, a partir do próprio eu, para alcançar a verdadeira satisfação e realização.

Cada um de nós possui desejos e talentos únicos. Devemos cultivá-los, desenvolvê-los, sem pensar se aquilo é a tendência do momento ou não. Somente quando aprendermos a dar valor ao que existe dentro de nós, seremos, de fato, felizes. E quando isso acontecer, não precisaremos nos sentir admirados pelos outros. E, exatamente por isso, seremos!

:: Alexandre Caprio é psicólogo cognitivo-comportamental


Próximo da felicidade e da plenitude

Responsabilize-se por tudo o que não deu certo: muita gente atribui a outras pessoas resultados eventualmente negativos que surgem ou surgiram ao longo da vida. É preciso assumir a responsabilidade pelas próprias decisões e escolhas. Escolha a positividade: ser positivo diante dos fatos da vida abre as portas para que se possa tirar proveito e desfrutar de todos os acontecimentos.

Pratique o perdão: transformar a si mesmo e escolher caminhos e comportamentos mais positivos envolve reconhecer os próprios erros e perdoar honestamente a si mesmo. É preciso reconhecer que somos apenas humanos e que, como humanos, falhamos.

:: Heloísa Capelas é especialista do método Hoffman (processo de autoconhecimento reconhecido cientificamente pela Universidade da Califórnia), e autora do livro “O Mapa da Felicidade”



Oito características de um gestor de sucesso

Oito características de um gestor de sucesso

Autor: Samara Teixeira
Por: Ricardo M. BarbosaA maioria dos colaboradores anseia em um dia alcançar o papel de gestor, e quando conquistado é motivo de grande alegria. Mas não podemos deixar de lado os aspectos negativos que surgem: há uma grande distância entre um bom profissional e um bom gestor.


Não existe uma fórmula pronta para se tornar um bom gestor, cada situação pede características diferentes e próprias do negócio que dificilmente poderão ser utilizadas em outros ramos. Mas, existem dois pontos imprescindíveis para uma gestão adequada: paixão por aquilo que se faz e capacidade de resiliência.

Ter paixão pelo negócio é imprescindível para vencer as barreiras diárias e principalmente para motivar a equipe. Uma pessoa que não acredita e não defende o projeto no qual faz parte não consegue enfrentar todas as barreiras, o que reflete diretamente na produtividade.

Outro ponto importante, a resiliência, é a capacidade de se adaptar a diversas situações mesmo que adversas. Em cada situação e até mesmo nas mudanças de equipe, deverá ocorrer adaptação na postura do profissional, de forma que não haja prejuízo nos processos de trabalho.

Outras características que devem ser priorizadas pelos bons gestores são:

Capacidade de mediar e resolver conflitos - é saber ouvir e mediar os conflitos logo que surgem, mas não se deve tomar partido e buscar que as respostas para os conflitos ocorram naturalmente, trazendo ganhos para corporação. Tenha uma postura racional evitando reações que prejudiquem o clima. Discussões ríspidas e muito emocionais devem ser controladas.

Iniciativa e pró-atividade - Em qualquer empresa, ter iniciativa e pró-atividade proporciona destaque, mostra o quanto você é engajado e quer crescer. O gestor, por sua vez, não se preocupará apenas com os demais funcionários, mas com todos os concorrentes que existem no setor de atuação. Agir é imprescindível para fazer os resultados aparecerem.

Autoconfiança - O profissional que quer tomar a frente de uma equipe precisa confiar em si mesmo para tomar decisões, arriscar e buscar novas formas de solucionar um problema que envolve vários setores.

Capacidade de reter talentos – Mais do que se esforçar para manter talentos na sua empresa, é imprescindível cativá-los e dar aos mesmos ambições e segurança para que eles queiram continuar no projeto e, principalmente, almejem crescer, para isso incentive a aprender e estar perto do núcleo de decisões do negócio.

É importante delegar o operacional – Um gestor tem como função gerenciar as ações, e se ficar se dedicando às questões operacionais perderá tempo e principalmente não estará preparado para sua real função. Delegue tarefas operacionais.

Conexões e criatividade - O gestor deve estar atento às inovações e mudanças do mundo, e saber aplicar essas inovações ao cotidiano da empresa e ao seu campo de atuação levando a um retorno imediato.

Controle – O gestor não pode esquecer que ele está no comando, e que é possível e aceitável delegar as funções, mas não é adequado entregar todo o processo nas mãos da equipe, por mais competente e confiável que ela seja. Portanto, esteja na frente, crie métodos que possibilite a visibilidade de todos os projetos em andamento, com o bom e velho relatório.

Aprendizagem Contínua – O bom profissional busca se capacitar, mas se não possuir algumas das características citadas, aprenda e se especialize para então desenvolvê-las e aprimorá-las com o conhecimento adquirido.


Fonte: MSN Empregos

sexta-feira, junho 20, 2014

VOCÊ CONSEGUE OUVIR UM INSULTO SÉRIO SEM EXPLODIR?

Você consegue ouvir um insulto sério sem explodir?

*Por Sílvio Celestino


Quando um profissional decide passar da carreira técnica para a de liderança, deve ser capaz de identificar os elementos do cenário no qual irá exercer sua função.

Toda vez que ignorar esses elementos, vai se comportar como o indivíduo que tenta sair de uma sala pela janela, ignorando que está no décimo segundo andar de um prédio. Como resultado, vai gastar muita energia, muitos recursos e correr sério risco de acidentar-se.

Entretanto, o cenário no qual a liderança é exercida somente é visível com a reflexão do líder sobre algumas perguntas-chave. E a primeira delas é: “Você consegue lidar com um insulto sério sem explodir?”

Se, em algum momento em sua carreira de líder, você se sentir insultado, seja bem-vindo à liderança! Líderes são insultados! É só você observar quem são as pessoas mais insultadas do planeta: juiz de futebol, gerentes, donos de empresas e, é claro, presidentes.

Por que isso acontece?

Ao liderar, você poderá, eventualmente, provocar emoções indesejáveis nas outras pessoas, como: ansiedade, frustração e raiva.

Se isso ocorrer, o indivíduo, ou grupo de indivíduos, poderá querer expressar essa emoção de muitas formas, até mesmo com um insulto. Portanto, o primeiro elemento do cenário no qual a liderança é exercida é: a emoção das outras pessoas.

Sua capacidade de lidar com esse contexto depende de como você lida com sua própria emoção. Ela é o segundo elemento desse cenário.

Ser capaz de lidar com esses dois fatores requer preparo e experiência. Por essa razão que não é muito aconselhável a ascensão de pessoas imaturas a cargos de liderança. Elas irão se perder em meio a essas questões.

Por outro lado, pessoas experientes e preparadas podem oferecer grandes exemplos:

Conta-se que, certa vez, ao visitar a UNE no Rio de Janeiro, o presidente Juscelino Kubitschek foi vaiado por estudantes descontentes com o aumento da passagem de bonde, entre outras questões. Do instante em que chegou ao momento em que ingressou no auditório, as vaias foram intensas.

Ocupou seu lugar no palco, esperou pacientemente pelo cessar das vaias, olhando, de tempos em tempos para o relógio. Quando elas finalmente terminaram, ele iniciou seu discurso dizendo: “Bendito o país em que seus estudantes podem vaiar o seu presidente durante quatro minutos, com a certeza de que nada lhes acontecerá.”

Seguiram-se aplausos calorosos.

Claro que ser capaz de encarar uma plateia hostil requer muita integridade, pois, de outro modo, você não terá a consciência tranquila o bastante para organizar as ideias e as palavras.

Muitos desejam ser líderes somente pelo poder e dinheiro que o cargo proporciona. Mas, se você quiser fazer diferença no mundo, seja líder para cumprir um propósito maior. Um propósito de construção, que permita a coexistência e o crescimento de todos. Ao defender sua causa, prepare-se para os percalços e as agruras que todos aqueles que lideram têm de aguentar.

E mantenha-se firme em sua jornada!

Vamos em frente!

*Autor do livro Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching. No Twitter: @silviocelestino. Visite: www.alliancecoaching.com.br.

quarta-feira, junho 18, 2014

Pontos Fortes x Pontos Fracos

Pontos Fortes X Pontos Fracos



Todas as pessoas, sem exceção, têm pontos fortes e fracos. Os pontos fortes convencionam os recursos - a habilidade de alguém para desempenhar com maestria determinadas atividades. A abordagem dos pontos fortes tornou-se um clichê. Seja em entrevistas de emprego ou em eventos sociais, temos como objetivo tentar ilustrar nossas melhores facetas no intuito de sermos legitimados pelas pessoas ao nosso entorno. Afinal é o que nos torna mais atraentes e interessantes. Nem sempre a pergunta é direta - quais são seus pontos fortes? Mas, de um jeito ou de outro, todos procuram saber o que em nós nos diferencia das demais pessoas. Isso é fato.

Os pontos fracos caracterizam as dificuldades, pois fala da fragilidade que limita o desempenho no "melhor de si". Culturalmente, desde que nascemos, somos levados a esconder nossos pontos fracos para nos tornarmos dignos das melhores avaliações. Tudo aquilo que compromete nossa "boa imagem", acaba virando insumo de recalque. Furtamo-nos de reconhecer nossos pontos fracos e quanto mais investimos energia nesse processo, mais nos tornamos reféns desse padrão vicioso. É importante compreender que nossos pontos fracos, a despeito de não refletirem nossa melhor performance, podem indicar oportunidade de grande aprendizado e crescimento.

É preciso reconhecer que todos nós temos limitações. A perfeição não faz parte da condição humana. Somos por natureza seres imperfeitos em busca da excelência. Muitas vezes, quanto mais tentamos encobrir nossos pontos fracos, mais os tornamos visíveis e algumas pessoas, percebendo esse movimento, utilizam-se desse artifício como poder de manipulação e nos fazem reféns. Reconhecer e aceitar que temos pontos a serem melhorados ajuda a nos posicionar melhor diante das situações.

A ideia é aprender a tirar o máximo de proveito dos pontos fortes e administrar as limitações. Ter a percepção clara dos nossos talentos - aquilo que executamos com maestria e nos distancia de um lugar comum. Nosso diferencial. Como também, saber reconhecer nossos pontos fracos - aquilo que requer de nós maior esforço e dedicação no plano de execução. Usar com maturidade o registro das nossas vivências aliado ao conhecimento de si mesmo e a partir daí construir estrategicamente as diretrizes que nos conduzirão ao pódio da realização pessoal.

Como fazer para potencializar os nossos "pontos fortes"?

Nossos pontos fortes demonstram nossa fortaleza - o fator único pelo qual somos diferenciados. Potencializá-los depende somente da determinação em aprimorá-los através de treino e sofisticação de técnicas relativas à habilidade ou à atividade em questão. Como tudo é diretamente proporcional, quanto maior o esforço, melhor será o resultado. No processo de autodesenvolvimento vale dizer que o investimento maior deve ser feito no sentido de implementar melhorias no que tange aos nossos pontos fortes, uma vez que desenvolver as aptidões para as quais já somos propensos é bem mais fácil e prazeroso. Procure desenvolver hábitos os quais possam mobilizar consistentemente seus talentos.

Como identificar nossos "pontos fracos" uma vez que é tão difícil reconhecer e aceitar nossas próprias limitações?

O processo de identificação requer uma percepção das nossas fragilidades e nos remete diretamente ao conceito do autoconhecimento. Essa é a premissa básica do reconhecimento legítimo de quem somos e de como devemos nos posicionar. A identificação dos pontos fracos não foge à regra. É essencial que cada um assuma a responsabilidade pessoal de fazer uma investigação honesta de si mesmo. Registrar seus melhores recursos, como também suas limitações e resistências. Somente ao nos dedicarmos à descoberta das nossas características é que conseguimos perceber e compreender como somo, de fato. Uma vez identificados os pontos fracos é possível equilibrá-los e tirar proveito dos mesmos, utilizando-os estrategicamente a nosso favor.

Somente o alinhamento das facetas fortes e fracas nos permite construir uma direção.

No processo de adequação dos pontos fortes e fracos é essencial ter consciência de que o modo como julgamos os acontecimentos ao nosso entorno influencia nosso humor e interfere na nossa qualidade de vida. Sem limitar-se à discriminação do que é "bom" ou "ruim" é crucial manter uma postura positiva e enfrentar as situações com leveza. O que às vezes nos parece um grande obstáculo pode, de fato, ser uma excelente oportunidade de aprendizado. Respirar e refletir sem ansiedade permite que o improvável nos brinde com boas soluções.

Se você é muito bom em determinada situação, usufrua dessa condição e procure, também, usar esse recurso em benefício de outras pessoas. Seus valores e qualidades expressam sua missão. Dessa forma, quando seus pontos fracos forem um impeditivo, você certamente poderá contar com apoio das pessoas a quem ajudou. A vida é uma via de mão dupla, seus pontos fortes, quando bem utilizados, valerão de crédito quando seus pontos fracos ameaçarem suas conquistas. O sucesso da sua trajetória profissional é proporcional ao comprometimento das pessoas em fazerem coro aos seus propósitos.

segunda-feira, junho 09, 2014

Uma empresa não existe sem o relacionamento interpessoal

RH » Grupos » EntrevistaEnviarComentarCompartilharImprimir

Uma empresa não existe sem o relacionamento interpessoal


Quando se veem cercados por situações estressantes e pessoas que só agravam a situação, muitos indivíduos desejariam estar em uma ilha completamente isolada para "esfriar a cabeça" e parar para fugir dos problemas ou mesmo em situações para saná-los. Contudo, se ficássemos isolados por anos em uma ilha sem qualquer tipo de comunicação com outras pessoas e tampouco com qualquer condição mínima de sobrevivência, seria preciso extrapolar os próprios limites jamais inimagináveis para garantir a própria sobrevivência. Um exemplo ocorreu com Chuck Noland, funcionário da FedEx, que sofreu um acidente aéreo e de um momento para outro, viu-se isolado em uma ilha. A tragédia vivida por esse sobrevivente foi interpretada por Tom Hanks, em 2000, no filme "O Náufrago". No transcorrer dessa dramática aventura, podemos observar que Chuck Noland vivenciou o último estágio destacado pela Pirâmide de Maslow - a busca por melhores resultados na qualidade e na entrega de resultados. Além disso, observamos um homem desesperado pela necessidade de se comunicar com outra pessoa e seu único consolo era uma foto de sua esposa e uma bola de vôlei que ele tentou dar características de feições humanas, batizando-a de Wilson, seu único amigo daquela longa estadia.
Isso nos mostra que mesmo diante de tantas inquietações que nos cercam, somos seres sociais e como tal, começamos a nos comunicamos e sentimos essa necessidade em todas as fases de nossa existência. Mas, para fazer entender-se e compreender aquilo que o outro expressa é preciso muito mais do que boa vontade. No âmbito corporativo, observamos uma gama expressiva de conflitos que pairam e até mesmo comprometem o clima organizacionais, simplesmente porque as pessoas não se alertam ou desconhecem a importância de fortalecer as relações interpessoais. Para falar sobre esse assunto, o RH.com.br entrevistou Ada Assis, coach e consultora organizacional especialista em relacionamento no trabalho. Ela enfatiza que é imprescindível que tanto a empresa quanto o colaborador invistam na melhoria das relações humanas. "O investimento em aprender a ter relações saudáveis será sempre válido, pois os relacionamentos são a melhor escola para o nosso desenvolvimento pessoal", assinala. Durante a entrevista, Ada Assis faz uma abordagem objetiva e relevante, para que as relações interpessoais, notadamente no ambiente organizacional. Tenha uma agradável leitura e até breve!

RH.com.br - Cada dia mais, a força do relacionamento interpessoal ganha destaque nas empresas. Isso tem contribuído para a formação de clima organizacional mais saudável?
Ada Assis - Somos seres sociáveis nos relacionando, estamos em contato a todo o momento com outras pessoas e, portanto, é essencial que estas conexões aconteçam de forma positiva e permanente, gerando crescimento para ambas as partes. O relacionamento interpessoal é fundamental em qualquer organização, pois são as pessoas que movem os negócios, que estão por trás dos números, dos lucros e de todo resultado seja ele bom ou ruim. É imprescindível, portanto, que tanto a empresa quanto o colaborador invistam na melhoria das relações humanas. Entre os relacionamentos que temos na vida, os de trabalho são diferenciados por dois motivos: na maioria das vezes não escolhemos nossos colegas, chefes, clientes ou parceiros; e independentemente do grau de afinidade que temos com as pessoas do ambiente corporativo, precisamos funcionar bem com elas para realizar algo juntos. A empregabilidade de qualquer pessoa atualmente depende do quanto é competente em trabalhar em equipe ou liderar pessoas extraindo o melhor de sua diversidade.
RH - Que fatores contribuem para o fortalecimento das relações interpessoais?
Ada Assis - A convivência no trabalho nos obriga a lidar com diferenças de opinião, de visão, de formação, de cultura, de comportamento e até de valores éticos. Fazer isso pode não ser fácil, mas é possível se basearmos nossos relacionamentos interpessoais em cinco comportamentos que podemos desenvolver: autoconhecimento, empatia, assertividade, cordialidade e ética. Interagir com os nossos pares baseados nestes comportamentos trará melhorias não só para nossas interações no trabalho, mas também para as áreas de nossa vida como familiar, afetiva, social e de amizade. O investimento em aprender a ter relações saudáveis será sempre válido, pois os relacionamentos são a melhor escola para o nosso desenvolvimento pessoal.
RH - Quais fatores diários comprometem as relações interpessoais?
Ada Assis - Ser capaz de estabelecer relações interpessoais equilibradas no ambiente de trabalho é uma das características principais no perfil profissional que as organizações exigem. Onde antigamente buscava-se, acima de tudo, a experiência técnica, hoje as habilidades comportamentais de flexibilidade, inteligência emocional, criatividade e resiliência entre outras ganham cada vez mais espaço. Os comportamentos que geralmente prejudicam as relações são: soberba, passividade, falta de autonomia, timidez excessiva, agressividade com os demais, autoritarismo e dificuldade em receber feedbacks.
RH - Sabemos da importância do relacionamento interpessoal, contudo colocá-lo em prática, exercitá-lo no dia a dia não é uma tarefa fácil. Por que isso ocorre?
Ada Assis - Geralmente, algumas situações não são resolvidas ou não são percebidas pelos envolvidos em algum conflito, ficando invisíveis e internalizadas de forma distorcida nos colaboradores que acabam por demonstrar certas emoções somente quando se sentem ameaçados, injustiçados ou até mesmo temerosos de perder posições ou funções que ocupam. Tanto as pessoas quanto as empresas sofrem a consequência das relações interpessoais negativas que geram desmotivação da equipe, queda do rendimento e da produtividade, sabotagens conscientes como faltas e atrasos no trabalho ou falta de cooperação com os pares, e sabotagens inconscientes - crenças limitantes que sabotam o desempenho e crescimento do profissional. Vale ressaltar que sempre existirá no trabalho os jogos de interesse ou o estabelecimento de alianças tidas como temporárias e frágeis, ou seja, "sou receptivo e agradável com determinadas pessoas, enquanto elas foram necessárias e convenientes para alcance das minhas necessidades e objetivos". É obvio que essas ações não são éticas e devem ser desencorajadas, mas a realidade nos revela que vivenciamos muitas vezes um jogo de interesses que estão mascarados e velados.
RH - Quando o relacionamento interpessoal tem foça no ambiente de trabalho, que reflexos isso traz aos colaboradores?
Ada Assis - Se instaurarmos um clima harmônico, positivo e de respeito, receberemos de volta um ambiente sadio e sem grandes turbulências. Se ao invés disso, criarmos um ambiente negativo, competitivo e pesado, colheremos inimizades, antipatia e desconfiança, impactando diretamente nos resultados, no desempenho, crescimento profissional e organizacional. À medida que trabalhamos mal-humorados, perdemos o foco da cooperação e integração grupal, dificultando ainda mais a comunicação e a motivação das pessoas. Se ao invés disso usamos de maturidade, autoconhecimento e bom senso em nossas ações, elevamos nossa autoestima e participação, colaborando para um ambiente de troca e crescimento.
RH - O estímulo dado pelo líder às relações interpessoais impacta diretamente no espírito de equipe?
Ada Assis - A liderança tem como uma de suas missões mais importantes desenvolver a empresa como uma equipe, criando um grupo de pessoas alinhadas em torno de um objetivo e de uma visão comum. Para ser capaz de realizar essa missão, o líder tem que se esforçar para que todos se sintam e ajam como órgãos interdependentes de um mesmo ser.
RH - De forma prática, que ações o líder pode adotar para estimular as relações interpessoais entre os liderados?
Ada Assis - A unidade mínima da relação interpessoal - duas pessoas - já costuma ser fonte de muitos conflitos. A coisa se complica quando se trata de liderar um grupo maior. O líder tem, em seu papel de coach, um de seus maiores desafios para gerar os resultados dele esperados e deve adotar algumas ações para alcançar resultados como: investir em relacionamentos saudáveis - Evite gerar competição entre os membros de sua equipe e estimule a colaboração e cocriação mútua entre colegas e equipes; conhecer seus colaboradores - Cada pessoa é única, com suas características e personalidades próprias. Por isso, sabendo qual é o perfil comportamental de cada um, o líder poderá identificar com mais facilidade qual a melhor maneira de lidar individualmente ou em grupo com cada um; promover o desenvolvimento de sua equipe - Investir no desenvolvimento de habilidades e aprimoramento de competências da equipe mantém relacionamentos interpessoais de forma positiva e assertiva para a organização; e por último, resolver os conflitos - Os conflitos podem acontecer em qualquer circunstância, principalmente no ambiente corporativo. Por isso, é importante que chefes e gestores fiquem sempre atentos aos comportamentos do time, e adquiram o hábito de fornecer feedback sempre que necessário.
RH - Tão relevante quanto as relações interpessoais entre os membros de uma equipe, encontra-se na mesma escada de importância o relacionamento entre líder e liderados. Certo?
Ada Assis - Sim, corretíssimo. O líder deve entender que seu perfil no processo das relações interpessoais requer habilidades assertivas, humanizadas e conciliadoras, para poder conduzir a equipe de forma harmoniosa e coesa. Sendo um o líder conflituoso, autoritário, isolado, invejoso e soberbo, só acumulará discórdias, desentendimentos e a falta de união. Alguns líderes não conseguem lidar com a adversidade e com opiniões diferentes da sua, formando uma impressão negativa das pessoas, sem ao menos procurar compreendê-las ou conhecê-las. Com essas pessoas fica difícil a convivência e o diálogo, pois eles se fecham em suas ideias e convicções e não conseguem praticar a audição ativa, aceitando devolutivas, às vezes, negativas e novas ideias.
RH - Em sua opinião, o que é mais difícil: estabelecer o bom relacionamento com o colega de trabalho ou com o superior imediato?
Ada Assis - Geralmente em função da hierarquia e componentes culturais tanto da forma como os brasileiros relacionarem-se no ambiente de trabalho quanto da própria cultura de algumas empresas, as relações mais difíceis costumam ser com o superior imediato. Na maioria das vezes, há tanto um despreparo do líder em estabelecer relações construtivas que privilegiem a troca de feedbacks e ação como líder coach que promova o desenvolvimento de competências do liderado, como da forma negativa que o liderado costuma enxergar a postura necessária em busca de estabelecer metas e conseguir resultados do líder. Nossa cultura paternalista estabelecida de que a empresa é que deve promover mudanças, quebrar paradigmas, oferecer soluções e desenvolver carreiras prejudica seriamente o relacionamento com a liderança e, muitas vezes, também com pares que sejam proativos e pertencentes às novas gerações. Felizmente, há uma consciência maior por parte das pessoas para entender que as relações cordiais e transparentes no ambiente de trabalho desenvolverão talentos e construirão empresas mais saudáveis e duradouras.
RH - Alguma consideração para aqueles estão disposto a melhorar, cada vez mais, o relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho?
Ada Assis - É evidente que cultivar boas relações sociais colabora, e muito, para que o profissional crie um ambiente de trabalho harmonioso, consiga trabalhar em equipe, e dessa forma mantenha um bom relacionamento interpessoal com seus colegas e colaboradores. Entre as qualidades de quem sabe manter um bom relacionamento interpessoal de qualidade está a capacidade de ouvir o outro; pontualidade na chegada à empresa, nas reuniões, e na entrega de tarefas; saber trabalhar em grupo fortalecendo o espírito de equipe; ter disponibilidade e boa vontade para fazer tarefas necessárias e, que podem não ter relação com a sua função original. Além disso, é importante manter-se atualizado sobre assuntos ligados ao ramo de atuação da empresa, a sua profissão e às novas tecnologias. Busque sempre novos conhecimentos, seja proativo e procure equilibrar sua forma de interação dentro da empresa com seus colegas, equipes e líderes.

Palavras-chave: | Adas Assis | equipe | relacionamento interpessoal |