quarta-feira, agosto 27, 2008

FALHAS NA EDUCAÇÃO ASSOMBRAM ECONOMIA BRASILEIRA

Falhas na educação assombram economia brasileira
HSM - on line

O boom das commodities e a expansão da classe média estão ajudando o Brasil a se equiparar a potências econômicas, mas o sistema educacional fraco mina sua capacidade de competir no longo prazo.

A grande descoberta de petróleo no pré-sal e a obtenção do grau de investimento neste ano fomentaram expectativas de que a prosperidade dos 185 milhões de brasileiros era apenas questão de tempo. Mas o histórico de negligência educacional é um dos maiores obstáculos do país para se juntar ao grupo das economias desenvolvidas.

A escassez de mão-de-obra qualificada já é sentida. Especialistas afirmam que o Brasil continuará a ter problemas até que o sistema educacional melhore e mais trabalhadores sejam educados apropriadamente.

"Se eu resolver crescer, mas ser primário exportador - exportar pau e pedra -, aí educação é relativo. Agora, se eu resolver fazer uma inserção internacional qualificada, o que significa exportar pau e pedra, mas também tecnologia e conhecimento, daí a educação é fundamental," afirmou Jorge Abrahão, diretor de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Dentre os países que formam o bloco Bric, a taxa de alfabetização do Brasil, de 89 por cento da população adulta, fica atrás dos 99 por cento da Rússia e 91 por cento da China. Somente a Índia fica em situação pior, com 61 por cento dos cidadãos capazes de ler e escrever, segundo relatório do Banco Mundial.

Na América do Sul, somente Peru e Bolívia possuem taxas de alfabetização inferiores à do Brasil. Forte crescimento econômico, renda em ascensão e programas de bem-estar social tiraram milhões de brasileiros da pobreza nos últimos anos, mas muitos outros estão presos na extrema miséria.

"Atrasou demais. Porque, se eu tivesse tido chance na vida, tivesse tido educação como eu vejo outros que tiveram por aí, eu jamais estava nessa vida em que estou," disse Ana Maria Soares, que aos 60 anos é analfabeta e trabalha como doméstica por cerca de 350 dólares por mês. "Eu lamento muito pelo que eu não tive. A minha educação foi só trabalhar."

O sistema educacional brasileiro possui uma extensa lista de problemas, incluindo professores mal pagos e mal preparados e muitos estudantes vivendo em condições sociais e econômicas paupérrimas. Uma pesquisa do governo em 2005 apontou que a expectativa era de que apenas 54 por cento das crianças que iniciariam o ensino fundamental naquele ano, iriam completá-lo. Desde então, a ajuda do governo para famílias com crianças na escola melhorou a freqüência escolar, mas muitas ainda trabalham para ajudar no sustento da família ou são arrastadas para o mundo das drogas e do crime.

"É muito difícil ter apoio da família em geral. Na verdade, a família aqui se constitui, às vezes, de avó, de tia, de irmão mais velho. A grande maioria não tem pai," afirmou Ilária Soares Arruda, diretora da escola com a pior classificação do Distrito Federal em avaliação feita pelo governo federal.

PADRÕES BAIXOS

Mesmo aqueles que freqüentam a escola aprendem menos que seus pares em outros países. A última pesquisa educacional publicada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) coloca o estudante brasileiro do ensino médio em 53o e 51o num total de 57 países nas avaliações de matemática e capacidade de leitura, respectivamente. A Coréia do Sul ficou com a primeira posição nos dois quesitos.

O Brasil possui boas escolas. mas elas freqüentemente são localizadas em áreas mais privilegiadas. Na escola que recebeu a melhor classificação do Distrito Federal, em um bairro de classe média alta em Brasília, as crianças sentam no pátio, uma vez por semana para ler livros ao som de música clássica. O objetivo é despertar nos alunos o prazer da leitura.

O Brasil negligenciou a educação por séculos e inaugurou sua primeira universidade somente em 1934, quase três séculos depois que outros países do hemisfério. E o Estado investiu quase sempre nas elites e não nos pobres, para manter um bom número de mão-de-obra barata.

"Para o Brasil, o grande desafio em matéria de competição é a dispersão que existe. De certo modo, as diversidades do mundo existem dentro do Brasil," apontou Suhas Parandekar, especialista sênior em educação no Banco Mundial.

Na última década, os governos no Brasil investiram pesadamente no aumento da freqüência escolar, mas pouco na melhora da qualidade de ensino.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não concluiu o ensino médio, tem canalizado investimentos em escolas de baixa renda, construção de campus universitários e treinamento de professores. Atualmente, o Brasil gasta 4 por cento do PIB com educação, mais que os 3,2 por cento da Índia e os 3,8 por cento da Rússia, segundo última pesquisa feita pelo Banco Mundial. Os números relativos à China não estão disponíveis. Mas os críticos afirmam que a educação ainda não se tornou prioridade nacional e, mesmo com políticas de primeiro nível, as melhorias não serão visíveis por pelo menos mais uma geração.

"Temo que continuaremos muito atrasados daqui a dez anos. Porque a correção desse processo é lenta e eu ainda não estou vendo - tanto no setor público quanto na própria sociedade - uma prioridade, uma ênfase na educação como grande desafio da sociedade brasileira," lamentou Eduardo Giannetti, professor de economia no Ibmec, em São Paulo.

Fonte: Reuters26/08/2008

sexta-feira, agosto 22, 2008

FAÇA UM CHECKLIST DA SUA LIDERANÇA

FAÇA UM CHECKLIST DA SUA LIDERANÇA

Ada Maria de Assis e Silva

Mesmo os grandes líderes sentem-se desconfortáveis em alguns momentos de sua carreira. Mas os líderes bem sucedidos desenvolvem técnicas para reconhecer suas vulnerabilidades e fazer ajustes rápidos. De acordo com Robert S. Kaplan, em um artigo de revisão da Harvard, os líderes devem frequentemente se questionar sobre sua atuação em algumas áreas:

1. Visão e prioridades

Muitos líderes não se fazem uma pergunta importante: Com que freqüência eu comunico a visão e as prioridades do meu negócio? É difícil conduzir pessoas se elas não sabem qual é o seu objetivo e o que é esperado delas. Infelizmente, muitos líderes negligenciam explicar sua visão de forma a ser facilmente compreendido.
Pergunte a si mesmo:

Com que freqüência eu comunico a visão do meu negócio? Eu identifiquei e comuniquei de três a cinco prioridades chaves para conseguir alcançar esta visão?
Se perguntados, meus empregados saberão expressar minha visão e minhas prioridades?

2. Gestão de Tempo

Como você gasta seu tempo?
Esta resposta tem um papel importante na execução da sua visão e prioridades. O tempo é o seu bem mais precioso. Infelizmente, muitos líderes não podem responder a essa pergunta com precisão, pois não monitoram seu tempo e não podem fazer uma avaliação realista e honesta de como gerem seu tempo. Você pode se surpreender ao encontrar uma desconexão entre as suas prioridades e como você realmente gasta o seu tempo.
Pergunte a si mesmo:

Como estou gastando o meu tempo? Estou atendendo minhas principais prioridades?
Como os meus subordinados gastam seu tempo? Será que eles estão atendendo as reais necessidades da minha empresa?

3. Dar e receber feedback

Muitos gestores têm medo que as críticas possam desmotivar os empregados, as discussões possam se transformar em confrontos, ou conversas francas não serão bem aceitas. Isso faz com que muitos líderes adiem o feedback para a hora de análise de desempenho anual.

Este é um grande erro. As pessoas estão mais receptivas a aprender sobre si mesmas quando o feedback é oferecido na hora oportuna.
Se você agir avaliando o que outros lhe disseram, você irá melhorar o seu próprio desempenho, aumentar a confiança e manter o canal de feedback aberto.
Pergunte a si mesmo:

Eu dou feedback oportuno e direto para as pessoas? Eu tenho cinco ou seis subordinados que podem dizer-me coisas que eu não quero ouvir - mas preciso ouvir?

4. Planejamento sucessório


Se você não está identificando sucessores em potencial e desenvolvendo suas habilidades de liderança, você está contribuindo para a sua estagnação pessoal e de seu negócio. Quando você desafia e testa as pessoas, você delega mais tarefas a elas. Isto o liberta para se concentrar em questões estratégicas críticas enfrentadas pela empresa. A falta de um plano de sucessão significa que você não delega o suficiente e vai estrangular o processo de tomada de decisão.
Pergunte a si mesmo:

Será que, pelo menos na minha mente, penso em um ou mais potenciais sucessores? Eu os estou orientando e dando-lhes atribuições desafiadoras? Eu estou delegando o suficiente?

5. Liderando sob pressão

As ações de um líder durante momentos estressantes têm um profundo impacto sobre a cultura da empresa e do comportamento dos colaboradores. Líderes bem sucedidos devem estar conscientes de quais gatilhos desencadeiam reações estressantes. A pressão faz parte dos negócios, mas afeta as pessoas de forma diferente. Como líder, você é vigiado de perto. Emoções são contagiosas - mais ainda quando partem da liderança.
Pergunte a si mesmo:

Quais acontecimentos me deixam pressionado? Como me comporto sob pressão?Que sinais envio para meus subordinados?

6. Manter-se coerente com seus valores
Executivos desenvolvem estilos de liderança que se encaixam as suas necessidades empresariais, bem como as suas crenças pessoais e a sua personalidade. As empresas exigem líderes que possam expressar opiniões verdadeiras, em vez de ficar em cima do muro. Não hesite em torno de questões importantes, ou fomente um clima que incentiva os funcionários a fazê-lo.
Pergunte a si mesmo:

Sinto-me confortável com meu estilo de liderança? Será que reflete que eu sou? Tomo decisões coerentes, ou tenho me tornado hesitante? Será que ansiedade sobre a minha próxima promoção ou gratificação fazem com que hesite quando quero manifestar a minha opinião?

Ada Maria de Assis e Silva
Executive Coach, Educadora e Gestora de Negócios

quinta-feira, agosto 07, 2008

O CÓDIGO DO CONSUMIDOR DE COACHING


O código do consumidor de coaching
Foi selecionado para um treinamento? Entenda o que seu instrutor pode, ou não, fazer por você


Por Luciane Crippa Revista Você S.A.


O coaching está na moda. E se você é, ou pretende ser, um executivo, certamente participará de um treinamento que aplica essa técnica de aprimoramento de desempenho. O coaching ganhou força nos últimos anos porque as empresas entenderam que investir nos melhores profissionais dá mais resultado do que promover treinamento em massa. Como existe alta demanda por coaching, a oferta também aumentou muito nos últimos anos. E aí está o problema. Muita gente se aventura a oferecer coaching, mesmo sem compreender os conceitos da técnica. Para ter uma idéia, é possível sair com um certificado de coach após cursos que duram a partir de 40 horas — mesmo que a pessoa não reúna competências básicas para o serviço, como experiência no assunto. As próprias empresas falham na compreensão do tema e, muitas vezes, contratam profissionais desqualificados para ensinar seus executivos. Por isso, listamos algumas atividades que o coach pode — ou não — entregar para você durante um treinamento. A proposta é orientá-lo sobre o que exigir e cobrar do seu coach. E ainda mostrar o que você pode ganhar com o processo. Confira.

REFLEXÃO DE CARREIRA

“O bom coach é aquele que sabe fazer as perguntas certas, que instiga o profissional a pensar”, explica Mariá Giuliese, diretora executiva da Lens & Minarelli, empresa de recolocação de executivos de São Paulo. O instrutor precisa estar disposto a ouvir o seu caso antes de começar a lhe dar feedback. Se o profissional vier com idéias prontas, solicitando que você decore uma lista de procedimentos, tome cuidado. Essa atitude não está levando em conta o seu caso específico.

Não espere do seu coach

Terapia. O coach pode tocar em questões familiares, desde que para descobrir o que está atrapalhando a sua atuação profissional. O que o coaching visa a melhorar é o seu desempenho. Se o processo trouxer algo bom para a sua vida pessoal, é um efeito colateral positivo.

Respostas prontas. O coaching é mais um processo de reflexão, de apontar os caminhos do autoconhecimento ao profissional. Não espere que o instrutor tome as decisões por você.

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

Como método, o coach é baseado na simulação de situações do cotidiano. A idéia é aprender pelo exemplo e pela repetição. “Atendi um profissional que tinha dificuldade de se colocar em público. Nos encontros, simulávamos reuniões. Ele treinava e íamos apurando a técnica”, diz Marisabel de Souza Prado Ribeiro, diretora de desenvolvimento da Right Management, consultoria de São Paulo. Verifique se o profissional que conduzirá seu coach tem experiência naquela sua competência que ele se propõe a melhorar. Sem vivência, ele será incapaz de ensinar pelo exemplo.

TRATAMENTO JUSTO

Para a relação entre instrutor e executivo funcionar, é preciso haver isenção. Quando uma empresa aponta um outro funcionário como coach, fica mais complicado isso acontecer. Embora não exista regra definida, um coach externo tem mais capacidade de manter o distanciamento crítico e emocional. Roberto Martins, de 33 anos, é diretor de operações da Arcon, empresa de TI que presta serviços a clientes como Embratel, Petrobras e TIM. Há cerca de dois meses ele está em um processo de coaching, aplicado por um coach externo, e já vê resultados. “Consegui verificar, por exemplo, qual é o meu perfil de líder, o que falta para que eu seja um gestor completo”, conta Roberto Martins.

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS

A fim de melhorar o trabalho, o coach pode ainda pedir para ver as avaliações de desempenho do profissional. E, a partir daí, dar orientações para você desenvolver capacidades comportamentais que não estão previstas no contrato de treinamento, mas que são importantes para você evoluir na carreira. De modo geral, o coach diminui a distância entre o problema e a solução.

ATENÇÃO PERSONALIZADA

Diferentemente de um treinamento de RH, o coaching é um processo individual. Por isso consegue focar no ponto fraco do executivo. Por ser uma reunião entre duas pessoas, o profissional fica à vontade para se abrir e conversar sobre suas dificuldades. Entre as confusões conceituais existentes no mercado, está a de que é possível fazer coach em grupo, o que não é recomendado por reduzir a atenção dada ao profissional.

Será dinheiro jogado fora se...

... uma relação de confiança não se estabelecer entre você e o coach. “Já soube de um caso em que o coach fazia um relatório do que era tratado na reunião com o executivo para o RH da empresa”, revela Mariá. Isso vai contra a ética da profissão. O que o executivo e o coach tratam é confidencial.

...você ficar fechado como uma ostra. Nem sempre o coach deve ser responsabilizado pelo fracasso do processo. “A pessoa tem de estar aberta para falar e receber opiniões”, diz Marisabel, da Right. Se o executivo não se sente pronto, é melhor jogar limpo do que fazer a empresa perder tempo e dinheiro.

FOCO NO RESULTADO, MAS CUIDADO COM O MÉTODO

Tome cuidado com quem oferece resultados muito rapidamente. Algumas empresas realizam processos intensivos com várias sessões concentradas em semanas, o que não é recomendado. Também fique atento a processos que estendam por períodos muito longos. “Em cerca de três a quatro meses, ou 12 sessões, o coaching tem que apresentar resultado”, adverte Villela Da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, entidade que treina e certifica profissionais da área. Por resultado, entenda-se: o profissional supera a dificuldade e começa a gerar a receita que a empresa quer.

quarta-feira, agosto 06, 2008

MAD ABOUT ENGLISH

Este vídeo mostra como os Chineses estãos se esforçando para aprender o inglês em tempos de crescimento econômico e Olimpíadas.
Mesmo utilizando formas um tanto estranhas e sem comprovação acadêmica, eles sabem que devem falar inglês o quanto antes para fazer parte do século XXI.

CCAA - O INGLÊS QUE VOCÊ APRENDE E NUNCA MAIS ESQUECE
GOT IT, CABEÇÃO?!!

terça-feira, agosto 05, 2008

CONTROLE OS PONTEIROS

Cumprir prazos é uma tarefa difícil para você?
Pois saiba que profissionais de empresas como Lojas Renner, Pirelli, Citibank, Natura e Nestlé também sofrem com esse problema.
No início deste ano, o Project Management Institute, entidade internacional que desenvolve padrões para a prática de gerenciamento de projetos, ouviu 184 companhias que atuam no Brasil e constatou que 78% delas atrasam na hora de entregar projetos. Para 66% dessas empresas, controlar o tempo é a etapa mais árdua de um projeto. O universo conspira contra o prazo. É importante saber quando delegar parte do projeto para dar conta do cronograma, diz o engenheiro químico Luiz Antonio Mello, de 34 anos, gerente sênior da Chemtech, empresa de serviços de engenharia e tecnologia que tem sede no Rio de Janeiro.
Atualmente, Luiz desenvolve projetos em clientes como Petrobras, CSN e Procter & Gamble, e utiliza metodologias de gerenciamento de prazos para manter suas entregas em dia. Segundo os especialistas em gestão de projetos, qualquer tarefa pode ser gerenciada como um processo cujas etapas têm data de entrega defi nida. Por isso, é possível aplicar técnicas de cumprimento de prazos, planejando a execução de cada fase. Veja algumas orientações, com base na cartilha dos gerentes de projeto, para quem quer ficar de bem com o relógio e com o chefe, quando o assunto é administrar o tempo de uma tarefa.
Por que atrasa?

Fraca definição do escopo. Há falhas no detalhamento do conteúdo do projeto. E também baixo comprometimento. Os gestores não estão totalmente envolvidos com os objetivos do trabalho.

1° PASSO

POR QUE CONTROLAR O TEMPO?

Duas razões fazem do atraso o pior inimigo do gestor. Em primeiro lugar, prazo é custo. A empresa pensa assim: enquanto você está envolvido com uma tarefa, não pode assumir outra. Se o tempo de uma atividade se estende, a empresa tem de alocar outras pessoas para cumprir outros trabalhos. Além disso, clientes não gostam de atrasos. Se você trata diretamente com os clientes, saiba que cumprir prazos é fundamental para desenvolver uma relação duradoura com eles. Luiz, da Chemtech, gerencia o andamento de oito projetos atualmente. Se um projeto que exige uma equipe de 20 pessoas atrasa dois meses, são dois meses que pagamos salários e encargos sem que aquelas pessoas assumam um novo trabalho, diz Luiz.

2° PASSO
REMEDIANDO O ATRASO

Especialistas em cumprimento de prazos dão quatro dicas para você:

1 - Faça um fluxo de trabalho

Coloque no calendário as atividades na seqüência em que serão executadas. Paulo Ferreira, conselheiro do PMI de São Paulo, diz que os gestores de projetos costumam organizar suas tarefas a partir de cinco parâmetros.
Veja como fazer:

Divida a atividade em etapas.
Calcule o tempo necessário para cumprir cada etapa.
Cumpra as etapas em ordem de prioridade.
Avalie os recursos necessários para desenvolver a atividade (pessoas e dinheiro). Calcule os custos envolvidos.

2 - Encare os imprevistos

Experiência é fundamental para controlar o tempo. Com 21 anos de engenharia, Cristina Sibinelli, de 43 anos, diretora de projetos da Promon, em São Paulo, já consegue identificar rapidamente alguns gargalos clássicos. Ainda assim, ao fim de cada atividade, ela e a equipe procuram tirar lições aprendidas e registrá-las para usar na próxima iniciativa.
Um novo projeto é sempre inédito, mas, com uma documentação e boa base de dados, o gestor pode enxergar onde os imprevistos podem ocorrer, diz Marly Monteiro de Carvalho, coordenadora do curso de especialização em gestão de projetos da Fundação Vanzolini, entidade ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
3 - A tecnologia contra o atraso


Muitos softwares podem ajudar na hora de montar o seu cronograma de trabalho e, depois, no acompanhamento dos prazos do projeto. Há ferramentas corporativas como o Project, da Microsoft, o OS, da SAP, ou o RPM, da IBM. Para uso pessoal, o Excel cumpre bem a tarefa. Softwares próprios para gestão de projetos têm vantagens como o acesso rápido pela web e a possibilidade de monitoramento para um portfólio de projeto.
4 - Uma coisa de cada vez

Imagine a tarefa como uma pirâmide, cujo objetivo maior está no topo. Crie objetivos intermediários. Assim, você saberá quanto tempo tem disponível para atingir cada meta. Isso ajuda no gerenciamento do prazo final.

3° PASSO
FAÇA O ACOMPANHAMENTO

Depois que o projeto começa, o profissional tem de fazer uma comparação entre o que foi planejado e o trabalho em andamento, para detectar possíveis causas de atrasos. Se um obstáculo é identificado rapidamente, sua correção é mais simples. Emílio Clemente Fugazza, de 33 anos, diretor de planejamento da construtora EZTec, que administra 30 canteiros de obras simultaneamente, diz que faz duas reuniões semanais com a equipe para ajustar metas e trocar informações. Um projeto pode durar até um ano e meio, mas só é possível cumprir os prazos gerenciando o cronograma o tempo todo, diz Emílio. Na etapa de execução, os profissionais precisam ter outros cuidados:

1 - Fazer a gestão dos riscos

Quanto mais imprevistos surgirem, mais risco de atraso tem o projeto.
Fique atento a tudo o que aparecer, por menor que seja, e que não estava previsto no cronograma.
2 - Delegar tarefas

Um gerente tem de contar com seus colaboradores, delegar. Escolha as pessoas que vão ajudá-lo a monitorar e cumprir os prazos. Luiz, da Chemtech, aprendeu essa lição quando se viu envolvido com dois grandes projetos ao mesmo tempo. Sem conseguir dar conta de todas as atividades, resolveu transferir parte do trabalho para um integrante de sua equipe. Ele não era tão experiente quanto eu na gestão de projetos, mas foi uma opção melhor do que deixar o trabalho parado, diz Luiz. No final, o projeto foi entregue dentro do prazo e Luiz foi parabenizado pelos chefes. É isso o que cada vez mais acontece nas empresas: quem é capaz de domar o tempo se destaca.
Por LUCIANE CRIPPA
Fonte: Revista VOCÊ S.A